Iara
viajantes em meus azuis
Deserto em mim,
Dos tons de laranja secos, alternados por azuis de toda sorte.
Celestes escaldam meus pensamentos,
Que passam como os ventos removendo as areias dos meus pés.
Meus lábios secos e paladar sedento pelo gosto da água,
Que parece ser vida, ainda que miragem,
Entoam meu cântico confuso
Pela paisagem movediça que me tira o norte.
Viajantes rasgam trilhas, logo apagadas.
Pousam em suas fogueiras permitidas,
Aquecendo seus corpos do frio dos azuis marinhos.
Contemplam entre os chás o silêncio das minhas luas
Junto às estrelas de azuis prateados,
Que ao findar da noite se esvaem na cor que se transforma
Um azul já bonina pela chegada da luz daquele que tudo apaga,
Um novo dia.