(descrição de um sonho em 2007)
e na colina Totomayo se via
pele clara, cabelos longos e escuros
pelo pente em parte seguros
acalmando fios insistia
alternados por brisa morna
ora em face, ora em ombros
sobre o colo envolto em quimono
pousava colar em pérolas
rosadas de entardecer
doado então se rompia
contas ao solo despercebia
o displicente ou desumano
se virava e plano seguia
mas foi somente noutro dia
colorida pelos vitrais da sacada
totomayo o desamor conhecia
e no empurrar daqueles braços
seu corpo por fim sucumbia
no caminho solitário da queda
ainda segura pela brisa amiga
totomayo imaginava
que ao fim, tocando o chão
jamais se doar voltaria
a quem nunca saberia
se entregar numa paixão
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