E na colina Totomayo se via
Pele clara, cabelos longos e escuros
Pelo pente em parte seguros
Acalmando fios insistia
Alternados por brisa morna
Ora em face, ora em ombros.
Sobre o colo envolto em quimono
Pousava colar em pérolas
Rosadas de entardecer.
Doado então se rompia
Contas ao solo despercebia
O displicente ou desumano
Se virava e plano seguia.
Mas foi somente noutro dia
Colorida pelos vitrais da sacada
Totomayo o desamor conhecia
E no empurrar daqueles braços
Seu corpo por fim sucumbia.
No caminho solitário da queda
Ainda segura pela brisa amiga
Totomayo imaginava
Que ao fim, tocando o chão
Jamais se doar voltaria
A quem nunca saberia
Se entregar numa paixão.
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