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flores de ulisses

dá-me, poeta

dá-me o gosto pelo esquecimento

quero engolir tuas flores

quero voltar ao início do teu livro sem a tua cabeça

rasgar tua culpa, nossas culpas

inunda-me com paladar vegetal e me traz as visões do nada

onde inexiste o homem que mata a criança

nem respira qualquer animal

entre as flores, tu não rastejas, nem me perturbas

volta para teu mar, carrega tua nave

leva teus marujos e ardil

tuas histórias, nossas farsas

nessa ilha me reescrevo junto às flores que te apagam em mim

e redesenho, sutil

outro curso para um novo fim



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