Iara
das cores proibidas e energias libertantes
Sua face em meus ouvidos...
Em minhas mãos o que ouço tem as cores do que quero,
Ainda que me alertem sobre aquelas que me são proibidas
Em meus pensamentos me largo na fluidez que se apresenta,
Ainda que ressinta as marcas de meus suicídios
Em meus olhos fechados o desejo das folhas em branco,
Ainda que meu peito recorra aflito aos escritos publicados
Temo a mim mesma quando passo os dias sorrindo.
O temor aos que parecem viver vidas em fragmentos,
Retalhos que costuram incessantes para que possam fazer sentido
E assim vivem...
Temo a mim mesma quando passo os dias chorando.
O temor aos que parecem se alimentar de poemas,
Arranjos que registram delirantes para que possam sentir vida
E assim escrevem...
Temo a mim mesma quando passo os dias buscando.
O temor aos que parecem não se exaurir em chamados,
Ações que preenchem confortantes para que possam negar o vazio
E assim procuram...
Procuro-te em meus escritos, e vivo-te em minha liberdade, cor proibida...