Meninada jogando queimada na sete com vinte e dois.
De longe, vi pai chegando em trote lento. Na garupa o saco de couro cheio com mimos da riqueza.
Corri. Gritei mãe.
Minhas irmãs pularam de suas preguiças dominicais e correram para o alpendre.
Dia de festa. Pai chegara da comitiva de mês!
Mal descera do cavalo, amontoamos naquele corpo esguio feito formigas subindo em melado.
Só teve sossego quando abriu o saco de couro: — Mulher, taí a panaiada que pediu!
Sentou-se na poltrona e me pôs no colo.
De dentro do gibão tirou um pedaço de pano brilhante e um frasco de perfume já aberto: — Pro cê!
Somente anos mais tarde fui entender de onde vinham aqueles pequenos mimos usados.
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