Tudo passa, desintegra.
Entre choros largados nos ladrilhos
E gritos humorados pela rede de proteção,
Cigarros compartilhados nos desleixos das suas fumaças.
Taças quebradas em brindes, nem sei dizer o porquê,
Trouxeram um poema infeliz sem qualquer cumplicidade.
No tempo se foram lembranças com sapatos sujos de rua,
Falhando em suas marcas, extintas pelo dia seguinte.
A porta estava aberta, mas se mostrava encostada.
Minha estante imaginária: um lugar para cada gente.
Numa hora vazia qualquer, sentei-me nessa varanda.
O que pensei ser presença era só um ser passante.
Som do carro à distância, com outra vida que parte,
Reverbera no chapisco, e me joga no colo a ausência.
Essa apenas me fita, sem revelar a que veio.
Acendo o Café Crème, e a saúdo com Bourbon.
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